quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Última carta

Postado por Bruna Cristine às 06:35
Por favor, eu sei que já está terminado, mas deixe-me dizer umas últimas palavras.
Preciso dizer que esse último adeus não causou feridas, mas dilacerou-me por inteira. Não seria fácil, eu sabia desde o começo. Não teria futuro, eu sabia desde o começo. Ia ser doloroso, eu sabia desde o começo.  Negligência minha deixar que me hipnotizasse  desse jeito, pois não percebia os avisos que meu coração - que pela primeira vez concordara com a razão - dera e mesmo assim não dei resposta. Ignorei, fingi não ser importante, eu quis assim. Mas me responda, você faria mesmo, certo? Dei continuidade ao sentimento, alimentei-me de forma voraz e me senti leve. Eu temia o amor, fazia dele um monstro de sete cabeças. Então, suave quase imperceptível, você com seu jeito doce desfez toda aquela má interpretação sobre o amor, pra falar a verdade depois disso até as cores ficaram mais vivídas. Chega de blabla, você mudou-me por completa e me transformou em algo que nunca imaginara, nem mesmo em sonhos. Agora digo adeus com um certo pesar, pois queria-te por inteiro, queria mais doce. Vou chorar eu sei, mas ainda vou guardar o lado esquerdo da cama pra quando quiser voltar, mas já digo de antemão que não quero mais passagens de ida, venha tendo certeza de quer ficar. Te espero não importa o tempo. O vazio irá fazer companhia, mas vou carregar a lembrança do teu sorriso, ele me conduzirá.

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